quinta-feira, 25 de abril de 2013

Só o seu acalanto

Só o seu acalanto enxuga as rugas do meu pranto
Jbcampos

Às vezes; triste pelo mal que ainda existe
neste afeito peito, feito de jeito trigueiro.
Travestido de rubra flor, vem e o maltrata.
Forte e altaneiro para sequer dizer: brejeiro,
é o imperador do universo, o grande mediador
da dor, de apelido conhecido pelo nome de amor.
Mas, sou insistente e com essa dor a qual me mata.
É o profeta a predizer o alvorecer.
Somente o seu suave e santo acalanto
ao murmúrio de suave canto me arrebata
ao soluçar do debruçar de uma linda cascata.
É d’um encanto; qual inexiste no mundo inteiro.
Não há fama, tampouco qualquer troco de dinheiro
muito ou pouco, não me importa se for claro, indireto
ou torto. Jamais o trocarei por qualquer outra estupidez.
A minha loucura fará da minha cura uma segura curva reta.
Sempre é o amor-compaixão a cuidar da loucura dum poeta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário