segunda-feira, 1 de abril de 2013

Rojão, o cão de estimação

O fiel cão: Rojão não tinha medo do trovejar. Ao passares por aquela encruzilhada poeirenta, ou lamacenta, notarás uma caprichada cruz benta, que o tempo já a entortou, pela natural tormenta a qual tanto a atormentou. Feita em madeira de lei. Igual ao coração de quem a fez com delicadeza de tamanha e indescritível tristeza, e à lei se autocondenou. Foi de morte sangrenta, que o cão de Juarez, teve por sorte cinzenta a sua própria estupidez. Ao atirar numa caça; no Rojão acertou. Foi acidentalmente, desculpa da morte daquele que sente, do amigo inocente do qual a vida tirou. Quanta dor que existe num coração triste, que ama ardentemente um grande amigo. Há quem chame um homem mau de cão, e isso é um insulto, uma enorme ingratidão. Ainda bem que o bicho não entende a nossa língua, e com sua santa língua vem lamber essa pútrida íngua, que muitas vezes um osso a ele negou. 

 Descanse em paz, amigo Rojão. 

jbcampos

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